Olá amigos, depois de muito tempo sem escrever nada aqui estou para fazer um breve relato da minha ultima trip ao Monte Aconcágua. Iniciei esse projeto no inicio desse ano, e junto a isso meus treinamentos funcionais que levaram praticamente uma no. Na empreitada meu parceiro de varias viagens Augusto Gruber que também estava no ritmo forte de treino pois ambos sabíamos o que nos esperava. Pesquisamos, perguntamos, ouvimos diversas pessoas para tentar definir a melhor estratégia para nós. Começamos pelos equipamentos que ainda não tinhamos e deveriamos comprar, depois comida e toda a logistica necessaria para uma legitima expedição. E logo dia 27 de Novembro chegou e as 6:15 da manhã desse dia nosso voo ruma a Mendoza saiu. Chegamos a Mendoza debaixo de um clima quente e muito seco, ao embarcar em nosso transfer ao hotel o motorista já nos alerta, " por favor se a coisa estiver feia voltem pois voces tem familia, já levei muita gente lá que não voltei para buscar", e assim foi nossa chegada. No dia seguinte nos abastecemos do que ainda faltava, as 15:30 tinhamos uma reunião na Aconcágua Treking que foi nossa agencia para transportes de equipamentos e permissões para escalar os 6,962 metros. Depois de pagarmos a permissão ao governos da Argentina, partimos ruma a Punte del Inca já a 2.700 metros, passamos a noite ali no hotel para aclimatar e nos preparar para entrar no parque, ali o tempo já estava muito ruim com ventos de até 60km por hora, tivemos de passar o dia dentro do quarto e esperando uma melhora no tempo que só viria depois de mais um dia. Na manhã seguinte entramos no parque via vale de Horcones, 2950 metros, seguimos rumo a ao primeiro acampamento " Confluencia" a 3368 metros, sabiamos que tinhamos de ir o mais devagar possivel para começar uma boa aclimatação, então pé por pé depois de 3 horas e meia chegamos. Um vento muito forte nos acompanhou até lá, alem de um grande frio. Chegamos, fizemos o " check in" com os guarda parque e anunciamos o que iriamos fazer. Passamos o dia na barraca devido a grande velocidade dos ventos e muito frio, chegou a nevar em grande parte do tempo. Levantamos fizemos o "Check out" e exame médico para liberação até plaza de mulas, minha oxigenação já era de 96%!! Partimos rumo a Plaza de mulas, uma caminhada dura de 8 horas atraves de um grande vale cheio de areia e muita pedra. Realmente um trekking duro! Meu parceiro começou a demostrar muito cansaço, e chegamos exaustos a plaza de mulas a 4.200 metros, cheguei primeiro em meio a mais vento e frio que no dia anterior, comecei a montar a barraca enquanto o Augusto chegava. Assim que chegou acabamos de montar a barraca e nos mandamos para dentro correndo com muito frio. Cozinhei uma comida rápida e tentamos dormir pois no dia seguinte era dia de folga para tentar já recompor as forças. No dia seguinte o vento ainda era forte e muito frio apesar do céu azul. As 16:00 nossos parceiros de temporada começaram a chegar da travessia de 8 horas também exaustos. Nossa extratégia era na manhã seguinte ir até plaza Canadá 4930 metros armar acampamento, ir até Nido de Condores 5570 e voltar a Canadá pois já tinhamos feito exame médico e estavamos com mais de 90% de exigenação. Essa era nossa extratégia, ser rápido, pois tenho apenas 5% de gordura no corpo, tentei engordar para ter uma reserva mas em tres meses nada! Então só me restava ser rápido e determinado para não definhar em 5 dias. Pois bem iniciamos novamente nossa tentativa ruma a Canadá, já no inicio escolhi ser mais rápido e iniciei a subida por uma trilha de descida mais ingrime e direta. Depois de 50 minutos parei já bem alto para procurar meu parceiro e o vi já bem debilitado a 30 minutos abaixo. Esperei ele chegar e continuamos por mais 40 minutos, já estavamos bem atrasados nequela altura. Quando parei novamente percebi que meu parceiro já não tinha forças para seguir a diante, então perguntei a ele o que fazer, tentamos prosseguir e por razões de segurança decidimos retornar. Muito cansado e fraco ele em fim conseguiu votar e corri preparar algo para ele comer enquanto amigos davam suporte a ele no lado de fora da barraca. Já sabiamos que não iriamos fazer cume pois os guarda parque já haviam emitido um alerta climatico de muito frio e vento. Passado o susto ficamos observando o resto do dia varias pessoas retornando da Montanha devido ao mal tempo e também pela pesima previsão para os próximos dias. Decidimos voltar, pois nosso corpos magros jamais se recuperariam a tempo de uma próxima janela. Distribuimos todo o nosso suprimento de comida e no dia seguinte começamos a baixar rumo a Horcones. Já na descida percebi ter tomado a decisão correta meu parceiro estava mesmo muito debilitado e para mim a segurança dele era minha prioridade, amigos de longa data e viagens nunca passou pela minha cabeça abandona lo para ir sozinho, pois sei que faria o mesmo por mim. Foi um grande aprendizado, sobretudo de humildade a Montanha, muita experiencia adquirida, pois foi muito diferente ao Mont Blanc e muitas outras montanhas onde já estive nesses ultimos 20 anos. Já estou com novos planos de voltar em 2013 com toda essa bagagem desse vez tudo fica mais fácil pois percebi que 90% das pessoas que chegam ao cume só conseguiram depois de mais de uma tentativa! Penso em faze lo novamente, mais rápido, já aclimatado e quem sabe solo, se meu parceiro topar estaremos lá em 2013! Obrigado a todos aos nosso amigos e familiares pelo suporte e aos amigos que fizemos por lá em especial ao Claudio BRA e Jhonatam USA! Respeito as Montanhas e a seu limites sempre, são importantes, pois infelizmente vimos todos os dias pessoas sendo resgatadas de helicoptero, Edema pumonar, fraturas e congelamentos eram normais nesse inicio de temporada! Ficamos sabendo de apenas uma pessoas que conseguiu fazer cume, nem mesmo os guarda parques estavam conseguindo ficar em Nido de Condores devido ao Frio e vento. Em resumo o perrengue foi esse! Abraço a todos e logo logo anuncio as trips de 2013 a todos! Boas escaladas a todos.

Being Route setter ... Much more than a craft, a passion shared by many through out the world, we are not athletes but artists! Often passed without being seen, but behind every great competition we are there, providing excitement, overcome, challenge for athletes and public! We can compare the judges of football sometimes, for those who always speak ill lose, cry and hate us for a few minutes! But we are always there again to test the power and the mind of each athlete! We are not retired athletes, we train hard to be able to offer the best show possible, each route a new painting that can only be appreciated by a few seconds and then disappears giving way to new paintings ... Yes, we love it! The butterflies in my stomach before starting the competition, the reaction of athletes looking and trying to understand his art, like a painting by a great painter. We have rules, we have deadlines and RESPONSIBILITIES! Working with the unexpected sometimes with unviable, is part of this work so special to us. Some have that feeling every day in gyms around the world, but it does not compare to an international event where you have the best of jobs, general public that vibrates every movement of athletes, the best time for us as expected! Dealing with the feelings of athletes disappointment, joy and sometimes crying, is hard for us. Creativity is our goal, sometimes it disappears, but we always find a way! Being professional is what we all want to be, and we must unite to strengthen it, the more opportunities is what I want, what I want is more organization! Dedication, caring, patience and great strength is that we have every challenge which we are called to be, IFSC Route setter always been my dream, held fortunately, now move on to the new challenges and new paintings. Until next exhibition! Anderson Gouveia Route setter Continental IFSC Ser Route setter... Muito mais que um ofício, uma paixão compartilhada por muitos pelo Mundo a fora, não somos atletas e sim artistas! Muitas vezes passamos sem sermos vistos , mas por trás de toda grande competição estamos lá, proporcionando emoção,superação, desafio para atletas e publico! Podemos nos comparar a juízes de futebol ás vezes, pois sempre aqueles que perdem falam mal, gritam e nos odeiam por alguns minutos! Mas sempre estamos lá novamente para testar a força e mente dos atletas! Não somos atletas aposentados, treinamos duro para poder oferecer sempre o melhor show possível, a cada via uma nova pintura que só poderá ser apreciada por poucos instantes e logo desaparece dando lugar a novas pinturas... Sim, nós amamos isso! O frio na barriga antes de começar a competição, a reação dos atletas olhando e tentando compreender a sua arte, como se fosse uma tela de um grande pintor. Temos regras, temos prazos e temos RESPONSABILIDADES! Trabalhar com o inesperado às vezes, com o inviável, faz parte desse trabalho tão especial a nós. Alguns têm esse sentimento todos os dias nos ginásios espalhados pelo Mundo, mas não se compara a um evento internacional onde se tem o melhor dos trabalhos, grande publico que vibra a cada movimento dos atletas, o melhor momento para nós o mais esperado! Lidar com o sentimento dos atletas de desapontamento, alegria e muitas vezes de choro, isso mexe com a gente. Criatividade é nossa meta, as vezes ela desparece, mas sempre damos um jeito! Ser profissional é o que todos nós queremos ser, e temos de nos unirmos para fortalecer isso, mais oportunidades é o que quero, mais organização é que desejo! Dedicação, carinho , paciência e muita força é que temos a cada desafio para qual somos chamados, ser Route setter IFSC sempre foi meu sonho, realizado felizmente, agora sigo em frente a busca de novos desafios e novas pinturas. Até a próxima exposição! Anderson Gouveia Route setter Continental IFSC

Chuva!!!! É tudo que vi quando chegamos ontem ao Brasil... Depois de 20 dias de trip pela Africa do Sul retornamos ao nosso cotidiano. Foi muito bacana e diferente esta trip, partimos de Curitiba, eu, Ana, Sueli, Augusto, Gustavo e Karina, rumo a Cidade do Cabo. Lá nos deparamos com o que seria nosso primeiro obstáculo, dirigir na mão inglesa, depois de várias pessoas aqui no Brasil fazerem terrorismo esse foi um obstáculo facilmente vencido sem problemas... Outro obstáculo que nos foi proposto foi sobre a lingua, no qual também nos saimos muito bem. Carro na mão, Crash Pad´s alugados, passamos no supermercado e fomos direto a Rocklands! Chegamos a noite e não tivemos aquele primeiro impacto descrito por todos que lá já estiveram. Tinhamos alugado uma casa para 5 dias e ao amanhacer descobrimos que a casa estava cercada de pedras... Pegamos a autorização para escalar e partimos para aquela imensidão de pedras... Durante os 5 dias passamos por diversos setores, estavamos tão alucinados que passamos reto o dia de descanço. Alguns setores nos quais passamos: Roadside, Roadcrew, Rhino, Fields of Joy, Far Plateau, Bonus Boulders e Close Plateau. É muito Boulder!!! Tentei boulder´s de até 7c+(Fr) e algumas cadenas foram bem marcantes como The Rhino, Barracuda Rail, Who the Fuck is Minki, Sunset Traverse e muitos outros, para mim foi muito bom pois quase não escalo boulder durante o ano todo e não me preparei para isso. Rocklands é um lugar tranquilo, de fácil acesso, não custa caro e sem dúvidas é um dos lugares mais alucinates de boulder do planeta, posso dizer isso porque já estive em Fountainebleau e Bishop. O cenario é incrível! Em um dos dias ficamos um pouco apreensivos pois chegamos em um dos setores e ouviamos gritos, logo pensamos - tem alguem mandando alguma coisa foda por aqui, mas minutos depois estavamos cercados por mais de 50 babuinos!! Foi tenso mais não pegou nada, nunca tivemos um contato tão próximo com animais assim! Depois de deixar esse belíssimo pico para trás dirigimos mais 5 horas rumo a Montagu para enfim tirar as cordas da mochila. Montagu é uma pacata cidade do interior da África do Sul há mais ou menos 240 Km da Cidade do Cabo. Chegamos a baixo de chuva, mas no dia seguinte já rolou uma escaladinha para reconhecimento no setor Lagolands. E lá mais uma vez fomos coagidos pelos Babuinos, mas dessa vez o pau comeu! Depois de mais de meia hora de stress um dos chefes do bando resolveu subir em cima da falésia e jogou um mega bloco de pedra sobre nós! Aquilo gerou muita tensão mas logo eles desistiram e acabaram vazando. O rocha em Montagu é um arenito super sólido, mas também super liso! PQP!!!! Tinha que ter cola nos pés para parar nas agarras! Setores com grandes tetos e negativos imensos.... Mais uma vez alugamos uma casa dentro da fazenda " De Bos" e lá ficamos 10 dias dos quais 2 choveu. Tinhamos planejado ir a Oudtshoorn, eram mais 250km e a previsão era de chuva, acreditem: a previsão do tempo lá não erra!! Tentei somente vias à vista, até 9c(Br) e algumas vias saíram bem fáceis, o que mostrou que meus treinos estavam dando resultados. Algums setores em que escalamos: Legolands, The scoop, Supertubes, The Palace, The steeple, Sloth Crag e Cogman´s Buttress. Esse último um setor de vias de várias cordadas, e acho que foi um dos mais bacanas da trip. Eu e a Ana escolhemos a via " Another day in Paradise" 7a/b(Br) com 7 cordadas e umas das poucas vias com acesso ao cume da montanha! Foi super legal, a via era alucinante, super bem protegida!! Foi Show e me encheu de orgulho revezar as cordadas com a Ana, foi a primeira via nesse estilo para ela! Depois de vários dias de natureza rara e tranquilidade partimos rumo ao caos. Cape Town, um mix de cidade grande com cidade do interior, agitação à mil, vida noturna super agitada.. lá tivemos um choque depois de tudo que já haviamos visto no interior. Tiramos dois dias de folga para conhecer um pouco a cidade e fazer comprinhas pois ninguem é de ferro. Na sequência fomos escalar em dois setores muito próximos a cidade, The Mine e Silvermine, ambos lotados no fim de semana devido a proximidade da cidade, aprox 20 minutos. Continuei na minha tática do à vista lá também. São setores muito legais com algumas vias duras mas em geral bons setores para quem escala até 8a(Br). E para finalizar reservamos 2 dias em Johannesburgo para conhecer a capital. Muito diferente de Cape Town, Johannesburgo é uma grande metrópole. Tivemos tempo para escolher apenas uma atração e resolvemos pelo Museu do Apartheid. Chocante, revoltante e emocionante são os adjetivos desse museu. É muito diferente de tudo que já vivi na vida pois esses fatos ocorreram há muito pouco tempo atrás e alguns traços ainda são visíveis nas ruas , mas toda a comunidade é muito orgulhosa de sua história. E como futuros sediadores de copa do Mundo de futebol perguntei a taxista que nos levou ao Museu se para ele como cidadão Sul Africano a Copa do Mundo havia sido boa para eles, a resposta foi surpreendente: - Sim foi importante para mostrar ao Mundo a nação que somos hoje!!!! E sem contar que a infra-estrutura deixada foi essencial para o crescimento do país! Em resumo é isso, se alguém precisar de betas para futuras trips é só entrar em contato que dou com prazer! Agora é trabalhar mais um ano rumo a China 2013 para completar o projeto de Volta ao Mundo! Abraços

Africa do Sul

Olá pessoal, já estamos de malas prontas para a Africa do Sul, chegamos em Caple Town dia 30 e já partiremos para nosso primeiro destino, " Rockland´s" um dos picos mais importantes de boulder do Planeta! Dali seguimos rumo a Montagú onde iremos encontrar muitas vias esportivas e vias multipich´s, e Oudtshroon a unica falésia de calcario da Africa do Sul onde se concentram as vias mais duras da região. E para finalizar ficaremos alguns dias em Caple town para escalar em alguns setores como Silvermine e The mine! Estamos super empolgados, pois nunca estivemos na Africa, vai ser sem duvida uma memoravel trip para todos! Vou tentar abastecer o Blog com fotos mas não prometo muito pois vou estar muitoooo pilhado escalando e não sei se teremos internet o tempo todo. Abraços

entrevista na ótv

clique aqui para ver:

http://www.otv.tv.br/video/revista-curitiba-02-de-fevereiro-de-2012/